Amar e
Mudar
Elisabeth Alves
Muitas vezes vemos as
pessoas depreciarem umas as outras e mesmo quando temos o poder de interferir,
de dizer algo que possa ajudar o que sofre e nos abstemos de ajudar, alegando
com segurança, que o problema não é nosso. Mas o problema é sempre nosso, uma
vez que se nos declaramos cristãos, devemos nos preocupar com o próximo,
principalmente quando ele sofre.
Exigimos, quando
somos nós a sofrer, que as pessoas tome uma posição, mas não o fazemos quando
estamos como observadores da dor alheia.
Lembro de um texto
que li algumas vezes na infância de um homem que assistia o sofrimento de uma
mulher. A primeira vez que li me irritei com ele, pois estava vendo que o outro
ia acabar matando a mulher, mas ele estava só olhando e não se dignava a sair
de sua indiferença para ajudar a indefesa mulher. Só que ao final do texto, ele
mesmo fala conosco que se irritou com sua postura e levantou-se do sofá e
desligou a Televisão. E, infelizmente, como o personagem deste texto, fazemos
isto com as pessoa que nos cercam, aceitamos que elas sofram, sejam espezinhadas,
molestadas bem debaixo de nossos olhos e nem ao menos damos de ombro, saímos sem
nos importar com as consequências do que está acontecendo e deixamos que as
coisas se ajeitem sozinhas. Mas nada se ajeitará sem ajuda.
E esta atitude temos com o próximo, com o desconhecido e
muitas vezes com as pessoas que nos cercam e com as quais temos laços de afeto.
Que possamos hoje chamar
a nós mesmos a responsabilidade e mudarmos de atitude, pois para que as coisas
mudem o essencial é que nós possamos tomar uma atitude de mudança.
Não adianta falarmos
de Amor se não estamos dispostos a mudar
nossas atitudes para de fato amarmos alguém.
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