A Mulher de Fé está colocando as roupas no varal. Hoje sente-se insegura e vazia. “Às vezes a nossa alma começa a imaginar que merece mais do que temos lhe oferecido e, faminta, pede socorro. É justamente nestes momentos que devemos nos apegar não ao que estamos sentimos no momento, mas ao que acreditamos para a vida”, pensa. Mais algumas roupas no varal, mais uma cantiga, sua alma pede a palavra. “Tenho me sentido desprezada, nunca me dá o que desejo, prioriza suas razões, mesmo sabendo que elas nem sempre estão com a razão. Quer me matar de fome?” A Mulher de Fé finge não ouvir e continua seu trabalho de sempre. Sabe que se realiza ali, enquanto cuida do seu mundo e espera seus amores. “Nossa alma enlouquecida, sempre estará buscando e pedindo mais, tentando nos dizer que as nossas razões nem sempre estão com a razão. Na dúvida e no medo, o ideal é nunca tomar nenhuma decisão”.
Thiago Mendes
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