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domingo, 12 de agosto de 2012

Mude o Foco...



Casamento – Mude o Foco
Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão (Tiago 5-11)
Muitas vezes nos pegamos presos a sentimentos contraditórios em nossa busca por equilíbrio e paz dentro de nossas relações familiares. Assim, fica fácil desistir quando a situação aperta, pois as contradições sentimentais e a falta de objetivos são grandes inimigos da vitória. Quando estamos presos a sentimentos negativos, guardando lembranças negativas, obviamente estaremos fadados ao fracasso.
Constantemente nos vemos presos aos pensamentos que geram morte, pois lembrarmos do que nos fez sofrer é sofrer novamente. As feridas da vida são como as que atingem a nossa pele. Elas machucaram, sangraram e doeram, mas o tempo e um bom tratamento foram salutares para a pele, ficando só cicatrizes. Em minha perna esquerda, na altura do joelho, tem uma cicatriz considerável quanto ao tamanho. Correndo, na infância, para não apanhar, voei por cima de uma lata, onde estava plantado minha dália predileta. Voei e pousei em cima da lata, enferrujada e com as beiras desgastadas, cortou-me o joelho e expôs o osso. Nunca vou esquecer este dia. Sempre que olhar para a perna, vou lembrar disto, mas não penso na queda, não guardo a dor e nada mais. Olhar para meu joelho trás sempre um sorriso aos meus lábios, pois lembro que voltei correndo para casa, quando ouvi dizer que iam suturar meu joelho. Aos 7 anos, já uma boa leitora, entendi logo que eles iriam costurar minha perna e sai em desembalada carreira pelo bairro, voltando para casa e indo esconder-me debaixo da cama de minha avó. Hoje, se suturada fosse, a cicatriz seria menor, mas meu medo de hospital e agulhas me permitiram ter para sempre esta marca destoante na pele.
Se contasse o motivo da surra, se contasse que mesmo machucada apanhei horas depois e se ainda contasse que minha avó ficou sem falar com a pessoa que me bateu por vários dias, você saberia que a coisa foi realmente feia, mas pensar nisto, no início me fazia sofrer. Aprendi, ainda na infância que o melhor mesmo é você olhar para o outro lado, pois existe algo a aprender quando se cai e quebra algo. Aprendi que a dália era mais forte que eu e hoje não corro sem prestar atenção pelo caminho. Na verdade, depois deste dia, nunca mais cai ao correr, já andando...
Bem, pode perguntar qual a razão de eu dividir com você esta minha experiência e sorrirei, pois sei que quando temos um problema, ele sim é o que importa. Tenho algo a te dizer: enquanto você valorizar mais os erros dos outros e as dores do processo de viver, sofrerá sempre. E infelizmente não será só você. As pessoas que te cercam pela vida também sofrerão, principalmente por não saberem lidar com suas lembranças. Muitos casamentos naufragam não por lembranças negativas relacionadas a eles e sim a acontecimentos externos, pois um dos cônjuge ou ambos trazem para dentro do relacionamento os problemas de relações passadas. Constantemente ex-namorados ressurgem do nada, em lembranças apenas, mais esta ressurreição trás comparações que acabam destruindo o que se construiu. As pessoas costumam fazer com as relações passadas o mesmo que faço com minha cicatriz no joelho, guardam apenas a parte boa do que viveu. Esquecem-se que se acabou era por não servir, por não ser bom. Mas estas mesmas pessoas não conseguem perdoar pequenos deslizes de seus cônjuges. Assim multiplicam suas dores, acreditando que tudo realmente esta muito ruim.
Já falei outras vezes e repito hoje, as pessoas costumam ficar históricas no momento das brigas, sobre pressão ressurge todos os erros do passado. Falam de acontecimentos que juraram não relembrar, falam de atitudes que disseram perdoar, abrem a mala das lembranças negativas e despejam pelo ambiente, lançando um no outro todos os sentimentos contraditórios vividos na relação. Vale lembrar que a ira é uma alimento grandioso a favor da violência. Então você vai dizer que pelo menos não se agridem. Ora, a agressão psicológica é a maior de todas as violências físicas possíveis, pois ela mina a confiança da pessoa em si e na relação, podendo ocasionar males insuperáveis. As feridas causada pelas palavras podem destruir uma pessoa ao transformá-la em alguém inseguro, propenso a sentimentos negativos que podem levar ao pânico e a depressão.
Na verdade devemos sempre procurar fazer o bem as pessoas que nos cercam e principalmente àquelas que nós escolhemos para viver ao nosso lado. Viver em paz é possível sim, quando isto depender de nós (Romanos 12-18), mas isto demanda irmos contra as nossas próprias vontades, a abandonar as nossas razões. Na verdade devemos aprender algo mais, quando o assunto é ter razão. Você pode escolher entre ser feliz e ter razão. E mais, quando você escolher por ser feliz, o outro acaba percebendo que você tinha razão. Suponha que vocês dois estejam na cozinha e resolvam fazer um bolo de macaxeira. A esposa diz que os ingredientes são macaxeira ralada, coco ralado, canela e cravo a gosto, açúcar, manteiga, ovos e fermento; Já o esposo acredita que será preciso usar leite de coco e leite integral e neste impasse fica a discussão. Como resolver isto? Sorrindo, a esposa vira para o marido de diz a ele que faça o bolo e deixa a cozinha por conta e risco dele. Com este tanto de líquido é fácil declarar que esta receita não vai dar certo. Depois que ele vier com o pudim de macaxeira, por certo vai se desculpar contigo. Não diga que o avisou e se ele questionar o motivo de você deixar ele continuar no erro, diga-lhe a verdade: Você tentou manter a paz no lar. Isto é uma atitude sábia.
Mude o foco e passe a investir cada dia mais em seu relacionamento e com isto será mais feliz.

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